segunda-feira, 11 de abril de 2011

Sidney

A Cultura santamarense está dando suspiros finais. Ou criamos juizo ou a vaca vai pro brejo.
Quem ama Santo Amaro tem a obrigação de defender a sua grande e rica cultura.



Eu vou ficar
No meio do povo, espiando
Minha escola
Perdendo ou ganhando
Mais um carnaval
Antes de me despedir
Deixo ao sambista mais novo
O meu pedido final...

Exploração: a marca de quem governa sem compromissos

Venha de onde vier. Chegue de onde chegar; da Dinamarca, da Alemanha, da França, o negócio é fazer uma bonita recepção. Então, busquemos quem pode exibir com maestria e garra a nossa cultura! Quem? Nicinha (foto acima). Que venha bonita, faceira e muito bem arrumada: saia (axó) rendada, anágua rodada, feitas de morim de pouca roda para facilitar a movimentação, singuê ( faixa amarrada nos seios que substitui o sutian), camisu ou camisa de mulata, e enfeitada com rendas e bordados, calçolão para proteger o corpo em casos que se é necessário sentar no chão), pano da costa e o ojá, um pano amarrado à cabeça. Assim , as nossas autoridades se comportam com quem detêm cultura. O presidente Lula, veio inaugurar o Cefet: chamem Nicinha para se exibir em nosso nome, e lá esteva ela , feliz e contente, pousando também ao lado do Presidente, fazendo foto para a posteridade, e exibida na sala de sua humilde e modesta casa. Inauguração da Casa do Samba: minha gente, Nicinha não pode faltar, sem ela a festa não presta! Tem roda-de-samba, Nicinha é figura indispensável; na Lavagem da Purificação, ela tem que assinar o ponto e levar o seu pote com água de cheiro; Nicinha, não pode ficar doente, porque, Santo Amaro fica sem representação cultural nos seus eventos; o jequitibá frondoso tem quer estar florido, e se abrindo para homenagear os que aqui aportam em busca do conhecimento. E o outro lado da moeda? Essa moeda é igual a dos filmes de cowboys, furada. Nicinha está doente, a nossa cultura está sofrendo com ela. Nicinha foi apanhada de surpresa, por um leve enfarto do miocárdio e com as graças de Deus, dos seus orixás e rodeada por amigos está conseguindo superar todas as suas dificuldades. Ela não tem o reconhecimento das nossas autoridades, mas ela sempre se dispõe a servir Santo Amaro, apesar dos pesares. Nicinha, não é igual à nós, ela é diferente, ela é um símbolo, e precisa ser tratada como tal. O bairro, onde mora Nicinha e tantas outras pessoas, é um vergonha. Mato, lixo, animais pas-tando, cobras, ratos, são os atrativos. Não bastasse todo esse descaso, no período das chuvas, todos os seus moradores vivem em sobressalto. Há qual-quer momento as casas podem ser invadidas pelas águas pluviais, e aí, só Deus para socorrer. É chegada a hora senhor prefeito de retribuir a quem já deu e continua a servir essa terra e elevar o nome do nosso município, com dignidade e amor, pois, somente o amor é capaz de dar forças à essa senhora para continuar enaltecendo a nossa cultura. Aliás, cultura em Santo Amaro é coisa sem importância, vejam como estão tratando a área externa do Convento dos Humildes, visitada por inúmeros turistas.
 
A falta de prioridade é uma demonstração de incompetência administrativa. A nossa feira livre continua sendo o cartão postal do descaso e da falta de respeito para com o cidadão santamarense e uma mostra para os turistas de como Deus é santamarense, porque consumir os alimentos alí comercializados e ninguém ficar doente, somente um milagre, e ainda existe gente que não acredita em ocorrências extraordinárias. Santo Amaro, ainda não acabou porque é duro na queda.

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